quarta-feira, 8 de junho de 2016

A aprendizagem significativa

      A aprendizagem significativa consiste na integração de novos conceitos, relacionando-os com outros conceitos já adquiridos/ existentes na estrutura cognitiva do aluno (mudanças nos conceitos pré-existentes, ligações com os novos). Os conhecimentos anteriores funcionam como âncoras para os novos, gerando aprendizagens duradouras. Para isso, o professor tem que ser capaz de identificar os conhecimentos anteriores dos alunos e estabelecer correlações destes com os novos conhecimentos. (Moreira, 1997)
      O professor deverá apresentar “organizadores prévios, concebidos como materiais introdutórios, mais abstratos, generalizáveis e inclusivos, que terão por ta­refa favorecer a relação entre o já dominado pelo aluno e o novo material a ser apropriado.”
      
      Quatro princípios da aprendizagem significativa:   
      
  •     diferenciação progressiva – é mais fácil aprender quando há uma hierarquia de conteúdos partindo de conceitos mais abrangentes e generalizáveis até conceitos menos abrangentes e inclusivos, mais específicos, pelo que os conteúdos devem estar organizados dessa forma.
  •      reconciliação integrativa – estabelecimento de relações e correlações entre os elementos dessa hierarquia, procurando indicar semelhanças, diferenças e inconsistências entre eles.
  •    organização sequencial - organização sequencial dos conteúdos, através da logicidade (começar do mais abrangente para o mais específico), gradualidade (distribuição adequada dos conteúdos, no tempo,  quantitativa e qualitativamente, de acordo com os conhecimentos prévios dos alunos), e continuidade (ligação entre os conteúdos, através da complementaridade e integração dos mesmos no ensino/aprendizagem).
  •    consolidação – o domínio/mestria da matéria, em vez de um conhecimento superficial, apreensão eficaz é quando o aluno consegue usar a matéria para resolver situações concretas, em vez de fazer uma simples reprodução da mesma. (Ausubel; Novak; Hanesian, 1980; Ontoria et al., 2005; Moreira, 2006).
Ao professor já não cabe apenas hierarquizar os alunos e classifica-los, mas sim detetar as suas dificuldades e ajudá-los a ultrapassá-las, com estratégias que permitam o desenvolvimento e a aprendizagem significativa. (Souza, 2005)

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