domingo, 7 de maio de 2017

Para Sempre 

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,água pura, ar puro,
puro pensamento.
Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

sábado, 18 de junho de 2016

Perspetivas de passado e futuro

Com este post, encerro um ciclo de trabalhos no âmbito do curso de profissionalização em serviço.

A construção do blogue, no âmbito da unidade curricular de Seminário de Prática Pedagógica  - Português, Estudos Sociais e História (200), uma experiência que me foi inédita, revelou-se útil no aprofundamento de competências tecnológicas, mas também uma atividade produtiva em termos globais, ao proporcionar novas pesquisas, leituras e o aprofundamento de conhecimentos.

Para o futuro, novos desafios virão, sendo o principal a tarefa de levar à prática todos os conhecimentos adquiridos ao longo desta, e das restantes, unidades curriculares, levando a cabo a docência do Português e da História.

"Verdades da Profissão de Professor

Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.

A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."

(Paulo Freire)

Ensinando Língua Portuguesa e não só…

As aulas de Português são um contexto particularmente rico e produtivo para se trabalharem temas interdisciplinares, transversais e da maior importância na formação cívica dos alunos, como a ética, questões ambientais, da saúde, sexualidade, culturais, entre muitas outras, já que a língua constitui “…um veículo de representações, conceções e valores socioculturais e o seu caráter de instrumento de intervenção social” (PCN, 1997, p.45-46 cit. in Pereira, n.d.)

No texto que pode ser lido através do link que se segue, a Unidade VI – A Importância dos Projetos Interdisciplinares (página 261), debruça-se sobre este assunto e como pôr em prática o ensino desses temas transversais nas aulas de Português, aconselho a sua leitura.


http://biblioteca.virtual.ufpb.br/files/didatica_do_ensino_de_lingua_portuguesa_1360182473.pdf

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Ferramentas da Web 2.0

Ainda a propósito da integração das tecnologias no ensino, deixo a sugestão de um site que nos apresenta uma miríade de ferramentas da web 2.0 que podem ser usadas dentro e fora da sala de aula.

"Se, antes, postulou-se que uma abordagem centrada na alfabetização informática seria o primeiro passo para se aproximar o docente de novos ambientes facilitadores do seu trabalho, hoje, com o amadurecimento e a reflexão em torno da sociedade digital, sabemos que a utilização da Web 2.0, e suas ferramentas, deve ser integrada, também, aos espaços de aprendizagem. No entanto, a riqueza e diversidade das ferramentas da Web 2.0 requerem um conhecimento por parte dos professores..." (Moreira & Monteiro, 2015).

Este site pode ser um primeiro passo para a exploração dessas ferramentas, para que, posteriormente, os docentes as consigam integrar nas suas práticas letivas.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Ensinar História

Proponho a leitura deste artigo de opinião que apresenta uma perspetiva interessante sobre as finalidades do ensino da História, a forma como o nosso sistema de ensino prevê o ensino da História, o motivo da aversão dos alunos a esta disciplina, e como os motivar.

Afinal de contas, em História como em qualquer outra disciplina das ciências sociais, não se trata de ensinar factos aleatórios e desconexos mas sim desenvolver competências de pensamento. Educar os alunos para serem, no futuro, cidadãos conscientes, ativos, participativos e com todas as ferramentas para serem bem-sucedidos.

http://www.edweek.org/ew/articles/2015/09/23/why-do-students-hate-history.html

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Dia Mundial da Consciencialização da Violência contra os Idosos

Instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa, a data pretende promover a reflexão e, nesse sentido, combater um problema social silenciado.

É urgente agir contra mais uma realidade penosa!



terça-feira, 14 de junho de 2016

A tecnologia e a docência: realidades (recomendavelmente) conciliáveis

There is a computer disease that anybody who works with computers knows about. It's a very serious disease and it interferes completely with the work. The trouble with computers is that you 'play' with them!” (R. Feynman)

O ensino nos dias de hoje constitui um desafio aos professores. O uso da tecnologia impôs-se no dia-a-dia de forma rápida e massiva e as transformações que dele advieram conduziram a “…novos e atuais processos sociais, sustentados significativamente numa cultura em rede, implicando-nos na inevitabilidade de integrar o processo de ensino-aprendizagem no quotidiano dos indivíduos e de potenciar as sociabilidades aí existentes” (Moreira, Ferreira & Almeida, 2013 cit. in Moreira, Monteiro, & Barros, 2015). A Web 2.0 traz-nos, acima de tudo, interatividade, uma característica premente na sociedade atual, a par do dinamismo, flexibilidade, entre outras. Essa realidade, na qual os jovens já nasceram, não conhecendo outra, exige uma transposição dessas características e valores ao ensino, e os professores deparam-se com o desafio de ensinar não só num paradigma diferente daquele em que aprenderam, mas, em muitos casos, diferente daquele em que ensinaram ao longo da sua carreira. Por isso, “deverão ser capazes de reinventar sua prática docente (…) construir uma nova identidade profissional capaz de atender às demandas sociais, culturais e profissionais em sintonia com o espírito do nosso tempo digital” (Silva & Cilento, 2015). 

O uso das tecnologias deve ter como objetivo, não só constituir-se como uma nova forma de transmissão de conhecimentos e de interatividade com os alunos, mas também uma fonte de motivação para estes que são verdadeiros “nativos digitais”. Como diz Feynman, o problema dos computadores é que brincamos com eles, e se os nossos alunos o fazem, também os docentes o devem fazer. Trago aqui um exemplo de um professor que o fez de forma exemplar, usando a criatividade e o humor, aliados ao uso tecnológico, para captar a atenção dos seus alunos:


https://www.youtube.com/watch?v=4cn4RTbNE0M